CUADERNO DE NOTAS DE GONZALO SOLTERO
(PARA IDEAS ESCURRIDIZAS Y VOYEURISTAS IMPROBABLES)

domingo, julio 15, 2007

Extranjeros 1

En Internet pasan cosas bien divertidas. Por ejemplo, podríamos partir del siguiente silogismo:

1) Uno asume que cosas como este blog solo las lee uno y su abuela.
2) Mi abuela se rehusa a usar Internet.
3) El único que se para por aquí soy yo.

Pues lo más extraño es que no es cierto.

Ya es de lo más común que cuando alguien quiere chismear un poco sobre otra persona lo primero que hace es pasarlo por Google. También se ha vuelto la manera en que ciertos amigos verifican si seguimos vivos cuando tienen flojera de escribirnos un correo. Y como Google es dueño de Blogger, los blogs que se hospedan aquí se transforman en tarjeta de presentación y CV bizarro al mismo tiempo.

Pasa todo el tiempom, pero esto que sigue me parece que raya en lo inverosímil.


from: Daniela Abade
to: Gonzalo Soltero
subject Re: Extranjeros

Gonzalo,
Estou esperando a resposta da minha editora, Isa Pessoa - propus ontem o projeto a ela, assim que eu consegui o sim de dois escritores, David McGuire, de Dublin e Florencia Abatte, da Argentina. O primeiro processo é fechar todos os escritores que irão participar do projeto para que eu possa desenvolver as coisas burocráticas, como página na Internet, como e quando os escritores podem ser remunerados e selecionar qual cidade vai ficar com cada escritor. Também tenho que ver se a Alfaguara topa mesmo fazer parte do projeto. A Florencia quer apresentar o projeto para editora Planeta, já que ela está lançando seu segundo romance por lá.

Ah, eu descobri você pela Internet. Procurando nova literatura mexicana, achei seu nome, seu blog, li alguns textos e achei que você cabia no projeto. Estou fugindo um pouco do escritor com aquele perfil de "guardião da identidade cultural" do país. Quanto mais perdido o escritor for melhor para mim. Os sem rumo que me sigam.

Fiquei muito feliz com teu sim.

Bjo,
Dani


Suena divertido. A ver qué sale de este experimento en escritura apátrida.

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